Exposição de cerâmica no Edifício Fábio Ruschi celebra ciclo de ressocialização e capacitação de internos
A iniciativa foi promovida pelo Instituto Veredas (IV) em parceria com a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus)

Uma peças em cerâmica produzidas por internos da Penitenciária de Segurança Média II (PSME II)
August 26, 2025 at 4:24:24 AM
O hall de entrada do Edifício Fábio Ruschi, no Centro de Vitória, recebeu no dia 16 de julho de 2025 uma exposição especial de peças em cerâmica produzidas por internos da Penitenciária de Segurança Média II (PSME II), localizada no Complexo Penitenciário de Viana. A mostra marcou o encerramento de mais um ciclo de formação promovido dentro da unidade prisional e contou ainda com a cerimônia de formatura e entrega de certificados de conclusão aos participantes.
A iniciativa faz parte do Projeto Trilha de Capacitação para o Público LGBTQIA+ Apenado, realizado pelo Instituto Veredas (IV) em parceria com a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), por meio de um termo de colaboração firmado em 2024. O projeto inclui oficinas, cursos, atividades de arte e cidadania, além de rodas de conversa sobre ética, cidadania e empreendedorismo, com o objetivo de capacitar, conscientizar e criar novas possibilidades de reconstrução pessoal e social para os participantes.
Ao longo do curso de cerâmica, os internos vivenciaram momentos de escuta, criação e ressignificação. Cada obra exposta carrega marcas de processos profundos, simbolizando paciência, resiliência e reconstrução. A cerâmica, pela sua natureza de transformação, tornou-se um reflexo da própria jornada de mudança e recomeço vivida pelos alunos.
De acordo com a Sejus, a iniciativa integra uma política mais ampla de ressocialização inovadora, que busca ir além das práticas tradicionais ao oferecer oportunidades reais de transformação dentro do sistema prisional. Já o Instituto Veredas reforça que a arte tem se mostrado uma ferramenta poderosa na abertura de caminhos para dignidade, esperança e reintegração social.
Mais do que peças de arte, cada trabalho apresentado ecoa como testemunho das possibilidades de transformação dentro e fora dos muros do sistema prisional.




